por: Maggie
Olá Caríssimos ETs.
Sejam muito bem-vindos ao Planeta Maggie.
Hoje a publicação será um pouco diferente. Hoje 31 de Outubro é noite de Halloween e nada melhor do que assinalar a data com um conto de Halloween. Sem perder mais tempo. Cá está o conto de Halloween.
"6 / Junho:
Tap tap tap.
Toc toc.
Uma voz sem género. Talvez de criança. Pergunta:
- Quem é?
Após um segundo de silencio. Ecoa. Uma outra voz mas num tom autoritário e forte.
- É das almas do purgatório. És o escolhido para esta noite entregares a tua alma ao purgatório e assim salvares a Humanidade.
- A minha mãe não está.
- Ah! Ah! Ah! Tu é que és o escolhido.
- Aaai! Onde é que estou?!
Está uma noite escura como carvão. Só o luar. Da lua cheia quebra esta escuridão. Mais um pesadelo. Mas desta vez era tão real que podia jurar que estava mesmo a acontecer. o Ser Humano que vivenciou este pesadelo estava visivelmente perdido e assustado. Olhou em redor. Constatado que nada mudou e que se localizava no seu quarto.
31 / Outubro:
Freddy é uma criança de 6 anos que nasceu no dia 6 de Junho às 6 horas de uma manhã já muito quente. Na cidade longínqua chamada Purgatório.
Mas agora há uma questão que vos assola. Como é que o pequeno Freddy fui parar ao Purgatório?
Essa parte dava uma outra história. Mas muito resumidamente o seguinte: A mãe de Freddy estava grávida de 6 meses quando faleceu atropelada por uma carrinha fúnebre completamente desgovernada. Entrou em coma e acabou com os médicos a ter que fazer o parto do pequeno Freddy e a desligar as máquinas de suporte de vida á mãe do Freddy.
Desde esse momento que o Freddy vive entre as almas do purgatório e a vida terrena.
Ora como podem imaginar o Freddy é um morto-vivo. Onde vive entre o nosso planeta e o purgatório. Isto cria um certo impasse. Por que assim a mãe do Freddy não sai do purgatório. Nem o Freddy vive a sua vida. Mas há uma forma que o salvar. Quer seja a mãe quer seja ao próprio Freddy. Bem como a outros meninos que estão na mesma situação do Freddy. E é o que acontece todos os anos. Pelo dia do seu aniversário. O famoso pesadelo do dia 6 de Junho. Que cada vez é mais real.
Todos tentam acalmar o pequeno Freddy. Mas todos sabem que mais dia menos dia vai acontecer. Ele vai ter de entregar a sua alma.
01 / Novembro:
Feriado. É por tradição o dia em que se vai visitar os entes queridos. Já falecidos. Nas suas ultimas moradas. O Freddy só pode ir aos cemitérios ao final do dia. Inicio da noite. Se for antes ou depois pode acontecer o inevitável. E antes que isso aconteça. O melhor é prevenir.
Mas o pequeno Freddy estava sempre feliz com a chegada do primeiro de Novembro. Porque é o único dia em que ele se sente um Ser Humano. E no final do dia. Inicio da noite. Junto a campa da mãe do Freddy. Lá estava ele e seu pai. De frente para o jazigo e abraçados.
As pessoas passavam para ir visitar os seus entes queridos. Outras para ir embora. As luzes das velas iluminavam cada vez mais a noite escura que por ai entrava.
Algo não estava bem. Aos poucos as pessoas iam desaparecendo e a noite escura começava a entrar quando estava na hora de irem embora. Até que o pai chamou pelo Freddy. Mas este não respondeu.
Foi como se alguém tivesse ido ao interruptor e apagado as velas. O céu ficou tão escuro mas tão escuro que se não fossem as velas acesas não se via nada. Seguiu-se um clarão e... cabrum. Brrr booom. Brrr buuum. Uma jovem ainda mais escura com um vulto aproximava-se do Freddy e seu pai.
Todos os restantes presentes estavam aterrorizados.
A nuvem parou perto do Freddy.
O vulto revelou-se.
Era o Juiz do Purgatório.
Num tom calmo e suave. Chama.
- Freddy! Freddy! Freddy!
O pequeno Freddy. Que tem apenas 6 anos. Assustado disse a medo...
- Não.
- Freddy! És o escolhido. Só tu podes salvar a Humanidade. - Falou o Juiz.
- Mas ele é uma criança! - Falou o pai a medo e puxando o seu filho mais para si. E mais para si.
- Ah! Ah! Ah! - Riu-se o Juiz. - Tu Humano. Ser egoista. Vais querer ser salvo. Nem que para isso tenhas de sacrificar o teu filho.
- Pai. Eu tenho medo. - Disse o Freddy ao seu pai que o agarrava cada vez mais.
- Freddy! Não tens escolha. Porque foste escolhido para...
- Não! - suplicava o Freddy.
- ... Esta Noite Vais Entregar a Tua Alma. Ah! Ah! Ah! E assim viveres a vida com que sempre quiseste. Ah! Ah! Ah!
O vento estava a ficar intenso. As velas no cemitério estavam a apagar. O escuro da noite cada vez mais escuro. E o sono a apoderar-se de Freddy.
- Estão reunidas as condições para receber a tua alma. Freddy! - Disse o Juiz do Purgatório num tom autoritário. - Não te safas de agora.
E num gesto super sónico o Juiz do Purgatório conduz a sua nuvem para cima da cabeça de Freddy. Que não aguenta e cai inanimado no chão e a sua alma começa a subir.
Ao subir a alma do Freddy ergue-se as almas dos entes queridos já falecidos. Que bailavam em plena comunhão. Num passo de magia elas unem-se e o sol começa a brilhar e a chuva a cair.
São lágrimas. Senhor. São lágrimas.
São lágrimas que lavam a Humanidade."
Este é o meu primeiro conto. Faz parte do projecto Diário do Calhamaço - Escrita. Na qual em breve vou falar mais sobre o assunto. Não é perfeito mas é o inicio de algo. Espero que tenham gostado e não se esqueçam de dar o vosso feedback aqui nos comentários.
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